quinta-feira, junho 17, 2004

Hierarquia de Valor

Acabo de ler o artigo enviado pelo Alberto, O Governo Paralisado Pela Fofoca do Elio Gaspari. E a intrigante pergunta me veio a mente: o que fez o eleitorado brasileiro ver na turma do PT a salvação da lavoura? Digo isso, pois, observando-se objetivamente a realidade nacional e internacional contemporânea, comprova-se empiricamente que governos socialistas de cunho populista como o nosso atual nunca correspondem às suas promessas de campanha, na verdade, eles sempre precedem períodos de desempenho econômico mediocre e confusão social como o notado na Venezuela de Chaves, no do governo socialista espanhol que, aproximadamente sete anos atrás, havia praticamente paralizado a economia de seu país e se contarmos os casos similares na África perdemos a conta. Reformulando a pergunta: o que fez o povo brasileiro achar que seria diferente no nosso caso? Não ousarei esgotar um tópico tão amplo como esse, isso deixo para um Olavo de Carvalho da vida. No entanto, eu pessoalmente enxergo como uma das principais causas dessa aparente (?!) insensatez uma ausência do conceito de hiererquia de valor no meio comum.

Finalizando, sobre uma determinada matéria, no caso a admnistração pública,
à opinião de quem não tem conhecimento de causa dá-se o mesmo valor da opinião de alguém que tenha analisado e estudado o assunto durante anos (ou décadas). Nenhum background conferia autoridade moral às promessas petistas, de fato, a realidade internacional indicava a atual realidade brasileira. A mesma falta de noção de hierarquia de valor entre opiniões só vejo igual à emanada pela nossa querida mídia de massa, onde em época de votação de leis polêmicas como a do desarmamento e a da legalização da pesquisa com células tronco embrionárias chama-se atores e atrizes globais, em substituição de especialistas, para se debater o assunto em jornais televisivos de grande audiência como se a opinião da fulana das novelas tivesse valor igual ao parecer de um jurista ou antropólogo especializado em violência urbana.

3 Comentários:

Blogger Albino disse...

Sobre os métodos da esquerda cabe aqui uma anedota (aliás, humor negro pois é reapaldada pela realidade histórica) bem elucidativa:

¨ -- Camarada Stalin, o sr. fuzilaria 10 pessoas em nome da revolução?

-- Mas é claro que sim, camarada Lenin!

-- E diga-me, meu filho. Pela mesma causa fuzilaria 10.000 pessoas?

-- Sem dúvida, camarada Lenin!

-- Pois bem. E se, pela causa revolucionaria, fosse necessário fuzilar 10 milhões de pessoas? O Sr. o faria? -- perguntou Lenin encarando rapidamente o interlocutor com um malicioso sorriso no rosto.

-- Faria, camarada Lenin!

-- Calma, meu filho. É exatamente nesse ponto que preciso corrigi-lo.¨

18 de junho de 2004 às 21:39  
Blogger Albino disse...

?!?

18 de junho de 2004 às 21:42  
Blogger Albino disse...

Grande Stender,
Melhorias sociais a la Fidel ( a la Hitler, ou a la Stalin = tudo igual) baseiam-se numa discriminação captal. Melhora-se a vida material de uma parcela da população (a que sustenta o Regime) a custa do exílio ou simplesmente sacrifício (da vida) da outra.
A Ditadura Fidel é uma das duradouras de toda história da humanidade e só se sustenta por que uma parcela quase idêntica da população da ilha está exilada ou em prisões (sem jugamento justo) ou embaixo da terra.
Aqui, a sede de poder dos que querem a ¨ruptura¨ com o ¨establishment¨ não os levam a violência física, no entanto, campanhas de difamação na grande mídia, discriminação (principalmente para o acesso ao meio acadêmico), etc. que também são uma violência vão de vento em poupa.

23 de junho de 2004 às 13:58  

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