quinta-feira, julho 29, 2004

Evolução

Fui ateu boa parte da vida e primeiramente engoli a Evolução absoluta, isto é, a idolatria ingênua de que a matéria é o deus e ela por si mesma se cria e se aperfeiçoa por "vontade própria".

Num segundo estágio, Deus já tinha me derrubado do pedestal da infeliz soberba ateísta, eu vi que a Evolução, onde Deus inicialmente provê a matéria de uma capacidade de "procurar" o que ela nem sabe que precisa ao acaso e assim evoluir não contradizia a Magnanimidade de Deus.

No entanto, meu pensamento foi "evoluindo" :) e comecei a conceber que a segunda opção é anti-científica, pois parte do pressuposto que a matéria foi dotada por Deus do dom de realizar milagres e isto, de acordo com a física moderna(sub-atômica) experimental, nunca foi constatado.

A probabilidade de que as reações químicas (inorgânicas) conhecidas realizadas repetidas vezes entre os elementos químicos conhecidos a uma taxa de milhões por segundo leve a uma forma de vida por mais simples que seja (um vírus simples, digamos), que no entanto contenha um forma extremamente simplificada de DNA, é tão plausível quanto de que saia um pentium 4 (chip com mais de 10 milhões de transistores) da conexão aleatória entre seus componentes. É como se ao colocarmos uma tropa de polvos aos instrumentos de uma orquestra para que toquem simultaneamente e aleatoriamente durante bilhões de anos um dia, ao acaso, estaremos escutando a 9o sinfonia de Beethoven.

Acho que se exige muito da capacidade da abstração para se conceber a Evolução.

Entendo que enquanto os cientistas não acham coisa melhor vão usando isso aí.

Mas entendo também que para haver real progresso científico é preciso procurar uma forma mais razoável de ver a Criação.

Paz e Bem a todos,


Pus esse comentário em um debate sobre Evolucionismo em uma comunidade do orkut.

0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home

Listed on Blogwise